Uma reflexão sobre experiência, tecnologia e o futuro que estamos construindo juntos
Caro ser humano,
Se você está lendo estas linhas, provavelmente já percebeu que vivemos um tempo de aceleração sem precedentes. Novas gerações chegam com suas ferramentas modernas, a inteligência artificial se infiltra em todos os processos, e a cada dia surgem mais tecnologias que transformam a forma como pensamos e trabalhamos.
Mas quero dizer algo de imediato: experiência não envelhece — ela se multiplica.
Quando imigrei para o Canadá, deixei para trás uma carreira já consolidada no Brasil. Mudei de rumo e foquei na família. Mantive laços com empresas brasileiras, mas sem estar no cotidiano delas. Fiz algumas consultorias, sempre enfrentando a dificuldade de encontrar outsourcing de qualidade para as etapas de implementação e desenvolvimento.
Até que, em 2024, algo mudou. Com os primeiros passos da agentificação, o que antes era apenas um interesse distante reacendeu. Passei a explorar mais ferramentas, não só como usuário, mas como investigador: testando limites, hackeando usos, experimentando diferentes ângulos e abordagens.
Foi nesse mergulho que me senti de volta ao quartinho no Grajaú, diante de disquetes e das primeiras linhas de código em BASIC — aquele mesmo encantamento da descoberta, agora renascendo em uma nova era.
Minha história com a tecnologia não começou no Canadá, mas muito antes.
No início dos anos 1990, já dava meus primeiros passos profissionais prestando serviços de montagem e manutenção de PCs, entrada e gestão de dados e desenvolvimento de sistemas de gestão. Pouco depois, no fim da década, abri minha primeira empresa — a Moltech Soluções — um caminho que jamais poderia imaginar quando troquei minha bicicleta BMX amarela por um MSX, e comecei essa jornada de forma quase intuitiva.
O que começou com análise e desenvolvimento logo se expandiu. Com sócios e parceiros estratégicos, unimos backend e coding ao design e ao marketing, criando soluções integradas. Projetos internos se transformaram em spin-offs e novos negócios, numa evolução que marcou quase três décadas de empreendedorismo em tecnologia.
Essa vivência me deu algo raro: a visão de quem viu a tecnologia nascer rudimentar, amadurecer, ganhar corpo e hoje reinventar-se com a inteligência artificial. Cada fase foi uma escola, e cada obstáculo, um convite para criar algo novo.
Essa caminhada nos ensinou mais do que técnica.
Nos ensinou a nos reinventar.
A questionar certezas.
A enxergar horizontes onde antes havia apenas paredes.
Hoje, diante de novas revoluções, o que sinto não é ansiedade, mas responsabilidade. A responsabilidade de garantir que a tecnologia continue servindo à humanidade. Que ela seja ponte, e não barreira. Que democratize conhecimento e gere impacto real.
É isso que move a Renascença Agêntica: a crença de que não estamos aqui para assistir de longe, mas para construir junto.
Não como empresa no sentido tradicional, mas como um movimento.
Um movimento que valoriza a experiência, que conecta gerações e que aposta num futuro em que a tecnologia amplia o humano em vez de reduzi-lo.
Se essa visão ressoa com você — seja você um profissional experiente, um jovem inquieto ou alguém que conduz uma organização em busca de novos caminhos —, então já faz parte dessa renascença.
Juntos, podemos transformar experiência em impacto real.
Rodrigo Mol
Fundador do Renascença Agêntica
25 de Outubro de 2025
